A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciou nesta segunda-feira (28), na Escola de Governança do Pará (EGPA), a segunda oficina com gestores de hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para debater o processo de implantação do Plano Diretor Hospitalar do Pará, que vem sendo feito por meio de metodologia aplicada por técnicos do Laboratório de Inovação em Planejamento, Gestão, Avaliação e Regulação de Políticas, Sistemas Redes e Serviços de Saúde (Ligress), do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração (Hcor), a partir do protocolo do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).
A reunião com os gestores corresponde à fase seguinte do ciclo de sete oficinas promovidas ao longo do ano para diretores de Centros Regionais de Saúde e técnicos dos setores de planejamento e de atenção básica da Sespa e de secretarias municipais. O objetivo é repensar a organização dos hospitais a fim de que se tornem resolutivos o suficiente para suportar demandas nos próximos 25 anos. Na ocasião, os participantes estão sendo capacitados para a aplicação do censo das unidades de saúde do Estado, da capital e do interior, incluindo as do serviço privado que mantêm convênio com o SUS, bem como na aplicação do pré-teste de instrumento.
A oficina teve a participação da secretária adjunta de Saúde, Heloisa Guimarães, que participou da primeira fase do trabalho
O objetivo é montar um banco de dados atualizado, no qual estejam condensadas informações como número de unidades hospitalares existentes, leitos e serviços, entre outros. O censo será feito em duas etapas, a primeira feita com questionários que serão respondidos pelos gestores, e a segunda, in loco, pela equipe do Ligress.
De acordo com informações do Hcor, trata-se de um processo gradativo iniciado em 2011, quando foi feito o diagnóstico geral dos serviços hospitalares em todo o país com foco no número de leitos, tipologia de oferta versus necessidades sociais em saúde, perfis da estatística hospitalar, qualidade, segurança do paciente e regulação interna e externa. De forma simultânea, as discussões já vêm sendo feitas nos Estados do Amazonas e Espírito Santo.
O trabalho no laboratório será feito em cima de oito objetos específicos, que passam pelas reais necessidades da população residente na área, e pelos serviços essenciais, como centros de reabilitação, ambulatórios com especialidades e fluxos, além da readequação de políticas públicas que visem reduzir segmentos da saúde pública que são impactados pela violência, seja por meio do crime e de acidentes.
Conduzida pelas técnicas do Hcor Tatiana Onekura e Michele Escobar, a oficina teve a participação da secretária adjunta de Estado de Saúde, Heloisa Guimarães, que participou da primeira fase do trabalho, cujo segundo dia de atividades será marcado por visitas ao Centro Hospitalar Jean Bittar, Hospital Público Estadual Galileu, Hospital Ophir Loyola e Hospital de Clinicas Gaspar Vianna.
As técnicas do Hcor, Tatiana Onekura e Michele Escobar, conduziram a oficina
Prevista para ser concluída ao longo de 2017, a ação gradativa terá suporte técnico já oferecido pelo Hcor, que vai trazer, também em próximas oficinas, experiência de outros países onde estão implantados sistemas semelhantes que já superaram entraves, resultando em respostas que a região precisava.
Agência Pará de Notícias